4 boas práticas na relação médico-paciente para você implementar

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Se você conversar sobre saúde com uma pessoa que já alcançou os 70 anos de vida, é possível que a ouça falar sobre um bom exemplo de relação médico-paciente.

É comum que pessoas dessa faixa etária tenham um médico de confiança, com o qual compartilharam histórias ao longo de anos.

Durante muito tempo, apenas um único médico cuidava por gerações da saúde de uma família. Assim, criava-se um vínculo duradouro e íntimo.

Mesmo depois de tantas mudanças, impulsionadas também pelo avanço tecnológico e pela especialização médica, a relação médico-paciente continua ocupando espaço central na atuação com saúde.

Qual é a importância da relação médico-paciente?

A atuação médica envolve um privilégio e uma responsabilidade muito grandes: cuidar da vida das pessoas.

Geralmente, quando um indivíduo busca por orientação médica, está enfrentando uma situação incômoda. Sendo assim, precisa de ajuda profissional e espera acolhimento.

Por esse motivo, a relação médico-paciente deve ser um ponto de atenção no exercício da profissão. Assim, a postura do profissional impacta diretamente a condução do diagnóstico e tratamento.

Com um conhecimento abrangente sobre o contexto em que o paciente está inserido, você pode avaliá-lo com maior precisão.

Isso permite entender não apenas os sintomas pontuais que trazem o paciente à clínica ou consultório, como também suas atividades, seus hábitos e seu perfil socioeconômico, estado psicológico e histórico familiar.

Uma relação médico-paciente com base em respeito e segurança torna a anamnese mais fácil. O paciente se sente confortável para compartilhar informações particulares, pois sabe que o profissional está ali para oferecer o melhor suporte possível.

O Código de Ética Médica, atualizado pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) em 2019, traz um capítulo específico sobre a relação com pacientes e familiares.

São 42 artigos que discorrem sobre as atitudes vedadas ao médico durante a atuação profissional. Nos 2 (dois) primeiros, fica claro que o médico não pode:

Art. 31. Desrespeitar o direito do paciente ou de seu representante legal de decidir livremente sobre a execução de práticas diagnósticas ou terapêuticas, salvo em caso de iminente risco de morte.

Art. 32. Deixar de usar todos os meios disponíveis de promoção de saúde e de prevenção, diagnóstico e tratamento de doenças, cientificamente reconhecidos e a seu alcance, em favor do paciente.

A relação médico-paciente durante a pandemia

Com a pandemia, algumas questões passaram a interferir na relação médico-paciente.

Uma delas se refere ao sentimento de vulnerabilidade, que afeta a população de modo geral. Qualquer alteração física chama mais a atenção do que anteriormente, devido ao medo de enfrentar a doença.

Também temos uma intensa migração de consultas para o ambiente online, como forma de contribuir com o distanciamento social.

Os serviços de telemedicina foram regulamentados em março de 2020 pelo CFM, por meio do ofício nº 1756/2020. Desde então, têm sido amplamente utilizados.

A ausência do contato físico exige ainda mais atenção do profissional durante a interação com o paciente. É a partir da conversa que são extraídas as informações para direcionar o tratamento.

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4 boas práticas na relação médico-paciente

Invista na humanização do atendimento

Ainda que você tenha tecnologia de ponta à disposição, não deixe de destinar recursos que aprimorem a humanização do atendimento da sua clínica ou consultório.

A relação médico-paciente já começa na marcação da consulta. Tenha em mente que todo o contato com a sua equipe deve ser uma extensão da forma como você deseja se relacionar com o público final.

Em atendimentos humanizados, os pacientes são vistos com empatia. Os profissionais deixam de focar na doença e passam a praticar o cuidado centrado no paciente.  

Dedique tempo para ouvir com atenção

Se a sua intenção é melhorar a experiência do paciente na sua clínica ou consultório, leve em conta a possibilidade de estender o tempo das suas consultas.

Pode ser um desafio, mas você deve chegar a um equilíbrio na sua agenda entre volume e qualidade do atendimento.

Disponibilize tempo para ouvir atentamente seus pacientes. Esse é um ponto importante não apenas para refinar o diagnóstico, mas para estreitar a relação médico-paciente.

Comunique-se de forma clara, objetiva e simpática

Você já parou para pensar sobre como um paciente se sente na primeira vez que entra no seu consultório?

Se observar com atenção, as pessoas podem indicar sinais de desconforto. Nessa hora, é importante entrar em cena um ponto importante da relação médico-paciente: simpatia.

Deixe um pouco de lado a formalidade e converse sobre assuntos do cotidiano. Ofereça uma água ou um café e torne o ambiente leve e acolhedor.

Durante a consulta, utilize uma linguagem de fácil entendimento. Se precisar mencionar um termo técnico, explique e pergunte se o paciente entendeu.

Além disso, seja objetivo. Ainda que você precise falar sobre temas delicados, esclareça de forma direta o que está acontecendo. Sem perder de vista o fator humano, é claro!

Mostre que você está disponível

Uma relação médico-paciente sólida extrapola a duração de uma consulta. Com atitudes simples, você pode mostrar o quanto se importa com seus pacientes.

Acompanhe de perto a evolução dos tratamentos, peça a sua equipe que envie lembretes sobre exames e procedimentos de rotina. Crie um relacionamento com as pessoas que confiam no seu trabalho.

Principais benefícios de um bom relacionamento

A relação médico-paciente possui benefícios para todos os envolvidos. Os pacientes se sentem amparados e os profissionais podem executar as suas atividades com liberdade.

Outra vantagem da relação médico-paciente para o especialista é o reconhecimento do seu trabalho e da sua clínica, que pode avançar no marketing de relacionamento.

Para se tornar referência na área em que atua, você precisa investir em diálogos abertos, o que pode ocorrer durante procedimentos habituais, como o de anamnese. Aprimorar a relação médico-paciente é mais fácil do que você imagina, e a anamnese pode ser um ótimo ponto de partida. Aproveite nossos modelos de formulários!

Perguntas frequentes:

Qual é a importância da relação médico-paciente?

A relação ajuda o paciente a se sentir seguro e a fornecer as informações que o médico precisa para um diagnóstico e tratamento preciso.

O que mudou na relação médico-paciente com a pandemia?

Os pacientes estão mais vulneráveis emocionalmente e os médicos precisam se adaptar à atuação com telemedicina.

Por que construir uma boa relação entre médico e paciente?

Os médicos que possuem pacientes de confiança são indicados e reconhecidos pelo seu trabalho.

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