Por que – e como – aplicar a ergonomia na rotina da clínica?

A ergonomia na clínica é um dos requisitos para alcançar uma boa performance dos colaboradores, garantindo as condições de trabalho.

Trabalhar em um ambiente que proporcione segurança, saúde e bem estar é fundamental para o engajamento da equipe nos propósitos da empresa.

Quer saber como aplicá-la em sua clínica? Então continue a leitura deste texto para descobrir!

A importância da ergonomia na clínica médica

A ergonomia é fundamental para garantir as condições adequadas de trabalho aos colaboradores da clínica. Ela é necessária para que o indivíduo se adapte às características de sua função e trabalhe da forma mais segura e com o máximo de conforto.

Em uma clínica médica, todos os colaboradores enfrentam uma rotina de tarefas repetitivas que podem afetar sua saúde se não houver o cuidado com a ergonomia.

Trabalhar por longos períodos com má postura, por exemplo, pode levar a sérios problemas de coluna. 

Por isso, deve-se garantir que os profissionais que trabalham muito tempo sentado utilizem uma cadeira com o encosto apropriado.

Sobre este caso, o exemplo mais claro em uma clínica são as recepcionistas que ficam quase toda sua jornada de trabalho sentadas.

Existem também os riscos associados à fadiga visual pelo uso intensivo do computador que também precisa ser considerado na adequação ergonômica.

Na maioria das vezes, as modificações para garantir a ergonomia são simples, mas fazem toda a diferença.

O que diz a lei sobre ergonomia na clínica?

De acordo com a Norma Regulamentadora nº 17 do Ministério do Trabalho, o empregador deve realizar uma análise ergonômica do trabalho, abordando as condições de adaptação que a norma estabelece.

Nesse sentido, essas condições incluem elementos que se relacionam com os seguintes fatores:

• Levantamento de peso;
• Mobiliário;
• Equipamentos;
• Descarga de materiais;
• Condições ambientais do posto de trabalho;
• Organização do trabalho.

Confira a seguir, as normas mais importante para a ergonomia em clínicas:

Mobiliário

Em síntese, escrivaninhas, mesas e painéis devem garantir as condições necessárias à uma boa postura. Confira alguns requisitos: 

• Distância dos olhos ao computador;
• A área de trabalho deve ser de fácil visualização e alcance;
• Os móveis devem ter as dimensões adequadas para o posicionamento e movimentação do corpo.

Assentos

• Devem ser ajustáveis à estatura do funcionário e da natureza da função;
• A borda frontal deve ser arredondada;
• O encosto deve ter uma forma adaptada ao corpo para proteger a região lombar.

Computadores

• Devem permitir o ajuste da tela à iluminação do ambiente para evitar reflexos;
• Teclado independente e com mobilidade para que o trabalhador possa ajustá-lo conforme as tarefas;
• A tela e o teclado devem ser posicionados de modo que a distância entre o olho e tela e o olho e teclado sejam mais ou menos iguais.

Dessa forma, a norma ainda traz instruções sobre a organização do trabalho, condições ambientais, capacitação dos trabalhadores, medidas específicas para pessoas com deficiência e programas para a saúde laboral.

Como aplicar a ergonomia na clínica?

Em primeiro lugar, deve-se realizar a análise ergonômica na clínica, identificando se o mobiliário está de acordo com as normas do Ministério do Trabalho. Por isso, verifique se os assentos dos colaboradores proporcionam uma boa postura. 

Os profissionais que trabalham no computador estão a uma distância entre 45 e 70 centímetros do monitor? Eles conseguem sentar com as pernas, os antebraços e o tronco em um ângulo de 90º? 

Caso a resposta a essas perguntas seja negativa, será preciso providenciar novas mesas e cadeiras.

A organização do trabalho também é um fator de ergonomia, portanto os colaboradores devem trabalhar dentro de uma escala de trabalho apropriada. Ou seja, com repouso semanal e intervalos para descanso.

Outra medida que auxilia o bem estar da equipe é a ginástica laboral que é uma série de exercícios com duração entre 10 e 15 minutos realizados durante o trabalho.

Com a ajuda de um profissional, os colaboradores fazem alongamentos e movimentos específicos para aquecer músculos, tendões e articulações. O objetivo é evitar lesões e doenças laborais. 

Conforto também na temperatura

Além da relevância de uma boa postura, outra questão que deve ser levada em consideração em um espaço clínico é a temperatura do ambiente e de que maneira pode-se utilizar o ar-condicionado no local. 

Nesse sentido, recomenda-se implementar um sistema de climatização que permita a distribuição homogênea da temperatura e do ar.

3 benefícios da ergonomia para a sua clínica

1. Conformidade com as normas trabalhistas

Como você viu nos tópicos anteriores, o Ministério do Trabalho possui normas específicas sobre a ergonomia nas empresas. 

Como resultado,o cumprimento dessas obrigações evita problemas relacionados a processos trabalhistas que os colaboradores podem mover em caso de doença ocupacional.

2. Aumenta a produtividade

Acima de tudo, quando os colaboradores trabalham com equipamentos adequados em um ambiente que promove o seu conforto e segurança, sua produtividade aumenta.

Trata-se de uma condição básica para que os profissionais possam empregar toda sua capacidade para realizar as tarefas.

3. Prevenção contra as doenças ocupacionais

O trabalho em clínicas envolve uma série de riscos para a saúde dos colaboradores. Uma delas são as doenças ocupacionais, como a dermatose ocupacional, as lesões por esforço repetitivo, etc.

Todas elas podem ser reduzidas e até eliminadas se a clínica observar as boas práticas em ergonomia. Portanto, ela deve fazer parte do seu planejamento. Se você deseja desenvolver uma administração focada na performance e produtividade, então baixe o nosso e-book e confira dicas essenciais para administradores de clínicas!